Ministro da Defesa diz que não pediu troca de general em comissão do TSE
General Paulo Sérgio Nogueira, no entanto, pediu para que eventuais demandas da Corte sejam encaminhadas a si
O Ministério da Defesa negou, nesta segunda, que o atual chefe da pasta Paulo Sérgio Nogueira tenha solicitado ao ministro Edson Fachin, presidente do TSE, a retirada do general Heber Garcia Portella da Comissão de Transparência das Eleições.
Nogueira afirma que apenas solicitou ao magistrado que “eventuais demandas da comissão direcionadas às Forças Armadas, tais como solicitações diversas, participações em reuniões etc” sejam encaminhadas a si. “Essa solicitação se deve ao fato de que o Ministro é a autoridade que exerce a direção superior das Forças Armadas”, diz nota do ministério.
A pasta afirma, ainda, que o General Heber Portella continua exercendo suas atribuições na comissão eleitoral.
“A participação das Forças Armadas na Comissão ocorre a convite do próprio TSE e visa a contribuir com o aperfeiçoamento da segurança e do processo eleitoral”, afirma a pasta.
A Comissão de Transparência das Eleições foi criada pelo TSE no fim do ano passado e agrega diversas instituições, entre elas as próprias Forças Armadas — que desde então têm cobrado mudanças no sistema eleitoral.
O tom é o mesmo adotado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que tem sistematicamente questionado a segurança das urnas eletrônicas e colocado em xeque a lisura das eleições e do próprio TSE. Na última semana, Bolsonaro chegou a anunciar que uma empresa contratada pelo PL fará uma auditoria privada no pleito deste ano.