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Lula saúda acordo entre Israel e Hamas em reunião virtual do G20

Em discurso na cúpula, o presidente disse esperar que acordo pavimente o caminho para saída política para o conflito e retomada do processo de paz

Por Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2024, 19h56 - Publicado em 22 nov 2023, 12h45

Em discurso durante a Cúpula Virtual do G20 realizada na manhã desta quarta-feira, por videoconferência, o presidente Lula saudou o acordo entre Israel e o Hamas pela libertação de reféns em troca de uma trégua temporária de quatro dias e de prisioneiros palestinos. Mas fez questão de lamentar que a iniciativa tenha ocorrido após a morte de 14.000 pessoas.

O líder brasileiro ainda conclamou os envolvidos no conflito a voltarem a se comportar como humanos “para que a gente tenha menos guerra”.

“Espero que esse acordo possa pavimentar o caminho para uma saída política e duradoura para este conflito e para a retomada do processo de paz entre Israel e Palestina”, comentou.

Lula também apresentou os planos do Brasil para assumir a presidência do grupo a partir de 1º de dezembro e agradeceu ao primeiro-ministro da Índia, que ocupa o posto atualmente, pela convocação da reunião virtual desta terça.

Leia a seguir a íntegra do discurso:

Meus amigos e minhas amigas, presidentes e chefes de Estados, quero, uma vez mais, reiterar meus cumprimentos ao primeiro-ministro Narendra Modi, pelo excelente trabalho dele e de sua equipe por ocasião da presidência indiana.

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Poucas semanas após o nosso último encontro presencial, o mundo está ainda mais complexo. Rivalidades geopolíticas persistem, a economia global desacelera e as consequências das mudanças climáticas se sucedem. O recrudescimento do conflito no Oriente Médio vem somar-se às múltiplas crises que já enfrentávamos.

Quero saudar o acordo anunciado hoje entre Israel e o Hamas, que envolve a libertação de reféns (mulheres e crianças) em troca de uma trégua temporária de quatro dias e da libertação de prisioneiros palestinos (mulheres e crianças). É uma pena que precisou morrer 14.000 pessoas, 5.600 crianças e praticamente 6.800 pessoas desaparecidas para que os seres humanos que estão envolvidos nessa guerra tivessem a sensibilidade de parar para conversar e de parar para negociar. É preciso que os humanos voltem a ser humanos, a se comportar como humanos para que a gente tenha menos guerra. Espero que esse acordo possa pavimentar o caminho para uma saída política e duradoura para este conflito e para a retomada do processo de paz entre Israel e Palestina.

Esse conjunto de desafios vai exigir vontade política e determinação por parte de governantes e dirigentes de todos os países e organismos internacionais. Por meio do diálogo, temos de recolocar o mundo no caminho da paz e da prosperidade. O G20 tem um papel central a cumprir.

Em poucos dias, daremos início à presidência brasileira, que terá como eixo condutor a redução das desigualdades. Como indiquei em Nova Délhi, elegemos três linhas de ação para estruturar os trabalhos do grupo: primeiro: a inclusão social e o combate à fome e à pobreza; segundo: a transição energética e o desenvolvimento sustentável; e terceiro: a reforma da governança global.

O lema da presidência brasileira – “Construindo um mundo justo e um planeta sustentável” – reflete essas prioridades. Estamos criando duas forças-tarefa, uma Contra a Fome e a Desigualdade e outra Contra a Mudança do Clima. Também lançaremos uma Iniciativa para a Bioeconomia. Vamos buscar resultados concretos, que gerem benefícios para os mais pobres e vulneráveis, em todo o planeta.

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O G20 ajudará a alavancar iniciativas multilaterais em curso. Precisamos recuperar a tripla dimensão do desenvolvimento sustentável e acelerar o ritmo de implementação da Agenda 2030.

O Brasil sediará, em 2025, a COP30: a primeira COP na Amazônia. Queremos trabalhar no G20 para chegar lá com uma agenda climática ambiciosa que assegure a sustentabilidade do planeta e a dignidade das pessoas. Isso só será possível abordando seriamente o endividamento, o acesso a financiamento e mecanismos progressivos de tributação.

Também vamos discutir como fortalecer a governança global para lidar com antigas e novas questões. Uma maior diversidade de vozes precisa ser levada em conta. É por isso que saudamos a incorporação da União Africana como membro pleno neste Fórum.

O Brasil tem noção do tamanho da sua responsabilidade. A partir do dia 1º de dezembro divulgaremos o calendário e as notas conceituais que orientarão os trabalhos nas várias instâncias do G20. Dia 13 de dezembro receberei em Brasília os representantes das Trilhas Política e de Finanças. Queremos fomentar maior coordenação entre ambas as Trilhas. Os grupos técnicos e as reuniões ministeriais preparatórias serão sediadas em várias cidades de todas as cinco regiões do nosso país.

Jovens, mulheres, trabalhadores, empresários, povos indígenas, parlamentares, cientistas, acadêmicos e representantes de todos os outros grupos vulneráveis precisam ser ouvidos como artífices e beneficiários do desenvolvimento sustentável. Por isso, asseguraremos ampla participação social nos trabalhos do G20 e sediaremos uma Cúpula da Sociedade Civil, previamente à Reunião dos Líderes.

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Terei a honra de recebê-los no Rio de Janeiro, em novembro de 2024. Muito obrigado a todos vocês e parabéns, primeiro-ministro Modi, por mais essa convocação.

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