O vice-presidente eleito e coordenador do governo de transição, Geraldo Alckmin, anunciou há pouco nesta quinta-feira o nome de Anielle Franco, irmã de Marielle Franco, para participar do grupo técnico que discutirá políticas voltadas às mulheres até a posse em janeiro.

Anielle é diretora-executiva do Instituto Marielle Franco, criado para manter vivo o legado da vereadora assassinada a tiros no Rio em março de 2018, em um crime até hoje sem mandantes identificados. Como o Radar mostrou antes da eleição, Anielle recusou convites para se candidatar a algum cargo público neste ano, mas participou da campanha de Lula e o seu instituto ajudou mulheres com interesse em entrar para a política.

Anielle se disse honrada em participar do grupo e ciente da sua responsabilidade, “sobretudo após os últimos quatro anos de retrocesso de direitos das mulheres, em especial das mulheres negras, cis e trans, indígenas e quilombolas”.

“Importante ressaltar que não adentro a equipe de transição sozinha, chego com o legado de Marielle e com a trajetória das mulheres negras. Isso mostra que somos muito maiores que qualquer discurso de ódio, desinformação e violências”, disse ela, que defendeu ainda que mais pessoas negras acessem espaços de decisão.

“Também é importante que nós, mulheres e pessoas negras, estejamos em todos os espaços de decisão de forma transversal. Somos qualificadas para estar em todos ministérios e secretarias. Vamos construir o Brasil do futuro, da esperança, para todas, todes e todos.”

Além de Anielle, foram anunciados mais cinco nomes para compor o grupo técnico de mulheres: Roseli Faria, Roberta Eugênio, Maria Helena Guaresi, Eleonora Menecutti e Aparecida Gonçalves.

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