O presidente Lula elogiou nesta quarta-feira o diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, um dos nomes mais cotados para suceder Roberto Campos Neto na chefia da autarquia.
“O Galípolo é um companheiro altamente preparado, conhece muito o sistema financeiro, mas eu ainda não estou pensando na questão do Banco Central. Vai chegar um momento em que eu vou pensar, e vou indicar um nome para ser o presidente do Banco Central”, disse o petista em entrevista ao Uol.
Sobre outros nomes especulados pelo mercado, como Aloizio Mercadante e Guido Mantega, Lula tergiversou.
“Eu não indico o presidente do Banco Central para o mercado. Eu indico o presidente do Banco Central para o Brasil. Ele vai ter que tomar conta dos interesses do Brasil. E o mercado, seja ele o mercado financeiro, o mercado empresarial, o mercado produtivo, tem que se adaptar a isso”.
Sem citar Campos Neto, Lula criticou a lei que garante a autonomia da autarquia, voltou a atacar a taxa de juros e disse que o BC não pode se preocupar apenas com a inflação.
“Eu não preciso de uma lei para ter autonomia. Eu preciso respeitar a função do Banco Central”, afirmou após relembrar da relação com Henrique Meirelles nos primeiros governos petistas.
“O cara não pode cuidar só da inflação. Precisa cuidar o seguinte: o Banco Central vai ter um plano de meta de crescimento? Eu quero controlar a inflação, mas eu quero crescer. A gente vai avançar para isso?”.