Lula e Bolsonaro reconhecem competitividade de Simone Tebet, mas…
Tanto a campanha do petista quanto a do bolsonarista avaliam que já não há tempo para que a senadora ou outro candidato consiga romper a polarização
Aliados de Lula e de Jair Bolsonaro concordam: depois do debate na Band, Simone Tebet foi bem e teria chances de incomodar a disputa polarizada entre petistas e bolsonaristas.
Os aliados destacam o “teria” por um motivo: bolsonaristas e petistas também avaliam que não há mais tempo para um nome alternativo romper a polarização. Ciro Gomes, que está em terceiro nas pesquisas há meses, não seria o nome para avançar. Se tivesse algo para acontecer, seria com Simone Tebet e o fator “novidade”, avaliam os petistas e os bolsonaristas.
As pesquisas mostram, no entanto, que há um cenário de acomodação entre os candidatos, com Lula e Bolsonaro no topo da disputa e os demais nomes distantes na parte inferior do gráfico.
Para que alguma coisa diferente ocorresse e um nome alternativo surgisse – avaliam as campanhas –, o horário eleitoral e a campanha nas ruas teriam de sofrer um forte impacto, equivalente ao da facada de 2018.
“No cenário atual, a televisão não mostrou novidade até agora. O nosso monitoramento diário mostra o que está refletido nas pesquisas: um equilíbrio entre Lula e Bolsonaro, sempre com o petista distante na dianteira”, diz um aliado de Lula.
A campanha de Bolsonaro acredita que a distância para o petista diminuiu bastante com o avanço das ações sociais do governo. O desgaste visto no último debate, porém, pode ter desacelerado a chegada de eleitores. “O caminho é continuar mostrando o que o governo está fazendo e evitando ao máximo que o presidente tropece nas próprias palavras”, diz um bolsonarista.