Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Radar Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Robson Bonin
Notas exclusivas sobre política, negócios e entretenimento. Com Gustavo Maia, Nicholas Shores e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Lula defende o fim do direito de veto no Conselho de Segurança: ‘Loucura’

O presidente também afirmou que a ONU tem que ter coragem para criar o Estado da Palestina, assim como criou o de Israel

Por Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 out 2023, 17h56 - Publicado em 27 out 2023, 15h47

O presidente Lula defendeu nesta sexta o fim do direito de veto dos cinco países titulares do Conselho de Segurança da ONU, dias depois de os Estados Unidos vetaram a resolução apresentada pelo Brasil sobre a guerra na Faixa de Gaza com o único voto contrário. Ele também disse que a Organização das Nações Unidas “deveria ter coragem de assegurar a criação do Estado Palestino”, assim como criou o de Israel, em 1947.

“Alguém tem que falar em paz… Por falar em paz, a nota que o Brasil fez e foi aprovada nas Nações Unidas, porque (disseram que) ‘a nota do Brasil foi reprovada’. Não, ela foi aprovada por doze de quinze votos, duas abstenções e é por isso que nós queremos acabar com o direito de veto. Nós achamos que os americanos, os russos, os ingleses, os franceses, os chineses, ninguém tem direito de veto. É preciso acabar com o direito de veto. Ou seja, se tiver dúvida, vota-se, a maioria ganha e cumpra-se. Então eu vou continuar falando em paz. Porque eu acredito que é a coisa mais extraordinária para você tentar superar o poder das balas com o poder da conversa”, declarou, durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto.

Para ele, a posição do Brasil foi “extraordinária, reconhecida e elogiada por todo mundo nas Nações Unidas”. E que foi vetada pelos Estados Unidos por causa do que classificou como uma “loucura, que é o direito de veto”.

“Eu sou totalmente e radicalmente contra. Isso não é democrático. Feito vocês viram essa semana: os Estados Unidos veta a Rússia, a Rússia veta os Estados Unidos… E veja que nós tivemos dois votos de países que tinham direito de veto, da China e da França, e duas abstenções, Rússia e Inglaterra. E os americanos assumiram a responsabilidade pelo que fizeram. Paciência”, comentou.

Lula disse ainda que os cinco titulares do órgão da ONU são os que fabricam e vendem armas e que fazem guerra. “Por isso é que nós queremos mudar o Conselho de Segurança, queremos que entrem vários países, Japão, Brasil, Alemanha, Índia, podem entrar Nigéria, Egito, México, Argentina. O que nós queremos é democratizar o Conselho de Segurança da ONU porque hoje ele vale muito pouco”, afirmou.

Continua após a publicidade

“É importante lembrar que foi um brasileiro, Oswaldo Aranha, que presidiu, em 1947, a sessão da ONU que criou o Estado de Israel. Portanto a ONU agora deveria ter coragem de assegurar a criação do Estado palestino, pra viver em paz, harmonicamente. É isso que nós queremos, e disso o Brasil não abre mão”, complementou.

Depois de dizer que tem conversado com líderes de diversos países sobre o conflito no Oriente Médio, Lula disse que, se tiver a informação de que algum presidente é “amigo do Hamas”, é para esse que vai ligar e simulou o diálogo que teria com o interlocutor:

“‘Ô, cara, fala pro Hamas, porra! Fala pro cara libertar os reféns, para que ficar com inocente lá detido? Liberta, tem gente que precisa de remédio para tomar, tem gente que tem asma, liberta os reféns.’ E também falar pro governo de Israel: ‘Liberta os presos, liberta os sequestrados, que coisa que é essa? Abre a fronteira para sair os estrangeiros que queiram sair'”, disse, lembrando que há brasileiros a 1 quilômetro da fronteira com o Egito.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.