O Tribunal Regional Federal em São Paulo decidiu que o vice-presidente da BRF José Roberto Pernomian Rodrigues deve cumprir pena de 5 anos e 2 meses de prisão em regime semiaberto.
O despacho, do dia 20 de julho, nega parcialmente o pedido de revisão da sentença da primeira instância, que já havia condenado Pernomian e outros executivos ao regime fechado.
A sentença atinge os envolvidos do caso Cisco, acusados pelo Ministério Público de contrabando e descaminho por omissão de informações a respeito de negócios firmados com a Cisco System, gigante americana da área de tecnologia de redes.
A tomar pelo entendimento do Supremo, o vice da BRF e os demais sentenciados devem começar a cumprir a pena em breve, uma vez que o martelo foi batido pela segunda instância.
A biografia de Pernomian contém dois pontos importantes. Ele é o homem de confiança de Abílio Diniz na BRF. Além disso, vira e mexe, se envolve em problemas com a Justiça.
Em março, durante a eclosão da Operação Carne Fraca, ele foi alvo de uma condução coercitiva. Na ocasião, o MP pediu a prisão do executivo, mas a medida foi negada pela Judiciário.
A BRF sustenta que a decisão não impede a atuação de Pernomian no grupo, já que ela se refere a episódios ocorridos antes de ele ingressar na empresa. Acrescenta que, se considerar necessário, vai “tomar medidas cabíveis no melhor interesse de seus negócios”.