Assessor especial de Jair Bolsonaro na Presidência da República, Arthur Weintraub, irmão do ministro da Educação, usou um evento da Fundação Alexandre Gusmão, vinculada ao Instituto Rio Branco, do Itamaraty, para voltar a invocar o nazismo para falar, veja só, de cloroquina. O seminário se chama “A conjuntura internacional no pós-coronavírus”.
O irmão de Weintraub — ministro da Educação que provocou a ira da comunidade judaica ao comparar a Noite dos Cristais à operação da Polícia Federal contra o gabinete do ódio – comparou médicos e cientistas contrários ao uso de hidrocloroquina em pacientes com coronavírus a nazistas e defendeu que eles sejam julgados por um novo “Tribunal de Nuremberg”.
“É um discurso paradoxal após o outro. O cara vai lá, critica o remédio, mas depois vai lá e usa o remédio. Se evita que esse remédio chegue ao pobre. Se evita que esse remédio chegue para quem quer tomar. Acho que quantas mortes que aconteceram por não se dar hidrocloroquina para as pessoas. Imagine quantas mortes. Um Tribunal de Nuremberg (que julgou líderes da Alemanha nazista) no futuro para ver toda essa maldade. Toda essa maldade que foi feita”, diz o assessor de Bolsonaro.
O assessor de Bolsonaro também atacou a China por, segundo ele, usar a pandemia para faturar.
Abaixo, o vídeo integral do seminário. O trecho que Arthur cita o Tribunal de Nuremberg vai dos 18:40 minutos até 19:12 minutos.
https://www.youtube.com/watch?v=irjOa3OPdQ4&feature=youtu.be