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Hugo Motta diz confiar que terá apoio do PT e do PL

Candidato de Arthur Lira à presidência da Câmara, o deputado recebeu o apoio oficial do Republicanos, seu partido, nesta terça-feira

Por Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Nicholas Shores Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 29 out 2024, 17h02 - Publicado em 29 out 2024, 13h35
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  • Candidato de Arthur Lira (PP-AL) à presidência da Câmara, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) disse nesta terça-feira, 29, que tem a confiança de que terá o apoio tanto do PT quanto do PL. Os partidos têm as duas maiores bancadas da Casa, com 68 e 92 parlamentares, respectivamente.

    As declarações de Motta ocorreram em entrevista coletiva realizada após o seu partido oficializar a adesão à sua candidatura. Mais cedo, Lira fez um pronunciamento para declarar apoio a ele, na residência oficial da Câmara.

    Questionado sobre as conversas que têm tido com lideranças do PT e o que está faltando para o anúncio do apoio da legenda, o deputado paraibano respondeu que precisa “antes de qualquer projeção de apoio desse ou daquele partido, dizer que nós respeitamos a dinâmica interna de cada legenda”.

    “Cada partido tem a sua maneira de se reunir. Para vocês terem uma ideia, só hoje nós reunimos o nosso partido. Então é um tempo em que, às vezes, a ansiedade e a precipitação, ao invés de ajudar, podem acabar atrapalhando. Então, o PT está discutindo internamente, nós respeitamos o tempo do Partido dos Trabalhadores, que tem a sua dinâmica. O partido deve se reunir nessa semana, ouvir também os outros candidatos, é do processo democrático do Partido dos Trabalhadores”, declarou.

    “Mas nós temos a confiança de que, com as conversas que nós fizemos, com os diálogos que nós imprimimos nos últimos dias com lideranças de um partido, o PT caminhará conosco nessa disputa, eu não tenho a menor dúvida disso”, acrescentou Motta.

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    Na sequência, ele disse que também respeita e confia no apoio do PL, “que também tem a sua dinâmica interna de decisão”.

    “Então é momento de podermos estabelecer e fortalecer cada vez mais o diálogo, respeitando as diferenças de cada partido, respeitando a condução de cada presidente do partido, de cada líder, para que, ao final, o diálogo e a convergência possam acontecer. Não é o deputado Hugo, o candidato a presidente Hugo Motta, que tem que dizer o tempo que cada partido vai definir, não. É o contrário, os partidos definirão no seu tempo, nós respeitaremos, e o nosso papel nessa construção será convencer para que quanto antes esses partidos possam decidir, repito, respeitando o tempo de cada um”, comentou.

    Anistia do 8 de Janeiro

    Antes de falar sobre PT e PL, o parlamentar comentou a questão do chamado PL da Anistia, que estava pautado para esta terça na CCJ da Câmara, mas voltou à estaca zero depois que Arthur Lira determinou a criação de uma comissão especial para tratar do tema.

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    “Com a Comissão Especial, nós vamos poder, com o debate, com a discussão, construir um relatório que possa, nesse equilíbrio, buscar aquilo que a Casa hoje representa. Nós temos hoje uma Casa que tem diversos pensamentos, que reproduz aquilo que temos na nossa sociedade, que é um Brasil com pontos de vista diferentes. E quando isso existe, qual é o melhor remédio? É buscarmos, através desse entendimento, uma convergência acerca do texto que será levado ao plenário”, afirmou Motta.

    Para ele, a comissão terá a capacidade de “com muita responsabilidade, discutir esse tema que é tão importante, não diria apenas do ponto de vista político, mas até do ponto de vista da relação com o Poder Judiciário”.

    “Nós tivemos um episódio triste, que foi o 8 de Janeiro, mas também não podemos permitir que injustiças sejam cometidas com pessoas que tenham aí levado, vamos dizer, condenações acima daquilo que seria o justo para com a participação ou não dessas pessoas em um ato que aconteceu e que o Brasil precisa, de uma vez por todas, passar esse assunto a limpo e não permitirmos que isso aconteça novamente, já que foi, digamos, um triste episódio de agressão às instituições democráticas do país”, concluiu.

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