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Governo Lula faz ofensiva contra autores de fake news sobre tragédia no RS

AGU vai notificar plataformas digitais para retirar conteúdo falso e chefe da Secom acionou o MJ para pedir investigação de quem disseminou desinformação

Por Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2024, 14h59 - Publicado em 7 Maio 2024, 18h45

O governo Lula iniciou nesta terça-feira uma ofensiva contra autores de fake news espalhadas nas redes sociais sobre a tragédia no Rio Grande do Sul.

Durante reunião emergencial da Sala de Situação do Planalto, o general Hertz Pires do Nascimento, comandante militar do Sul, apresentou um relato sobre o impacto da propagação de notícias falsas nas operações de salvamento no Estado. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que a AGU e o Ministério da Justiça vão adotar medidas em caráter de urgência para impedir a disseminação de mentiras que possam comprometer os resgates na região afetada por inundações.

Chefe da Advocacia-Geral da União, o ministro Jorge Messias informou que o órgão vai notificar plataformas digitais ainda para retirar os conteúdos. “A AGU, em apoio à Secom, está atuando para identificar esses atores do ecossistema desinformacional. Vamos apresentar ações judiciais com um pedido de retirada de conteúdo, direito de resposta e indenização por dano moral e coletivo”, declarou.

Também nesta terça, o ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, enviou um ofício ao chefe do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, com uma série de posts “relevantes” com “narrativas desinformativas e criminosas vinculadas às enchentes e desastres ambientais ocorridos no Estado do Rio Grande do Sul”. Entre eles, há publicações do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), do senador Cleitinho (Republicanos-MG), do coach Pablo Marçal, do jornalista Thiago Asmar, entre outros influenciadores.

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No documento, o chefe da Secom solicitou que os órgãos competentes da pasta tomem as providências cabíveis, “tanto para a apuração dos ilícitos ou eventuais crimes relacionados à disseminação de desinformação e individualização de condutas quanto para reforçar a credibilidade e capacidade operacional das nossas instituições em momentos de crise”.

“Eu estou indignado mesmo. Acho que é uma sacanagem. Tem gente trabalhando 24 horas por dia, quatro dias sem dormir. As pessoas colocando a vida em risco para salvar as pessoas, enquanto isso tem uma indústria de fake news alimentada por parlamentares, por influencers, por pessoas que se dedicam a atrapalhar o esforço que está sendo feito para salvar vidas”, declarou o ministro a jornalistas, no fim da tarde.

“Eu acredito que, se é verdade que nós estamos numa guerra, e essa guerra, nesse momento, tem como objetivo principal encontrar pessoas que ainda estão ilhadas e ter força suficiente para poder apoiar milhares de pessoas que perderam tudo, que estão em abrigos, quem age contra nós deve ser tratado como quinta coluna, que essa é a palavra que a gente usa nos traidores em tempos de guerra. O quinta coluna deve ser tratado como criminoso”, complementou.

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