O governo Lula liberou o agente Carlos Renato Xavier de Resende, da PF, para ajudar a CPMI do 8 de Janeiro a rastrear o caminho do dinheiro na investigação sobre os atos golpistas que culminaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes.

A cessão do policial federal foi um pedido da relatora da comissão, senadora Eliziane Gama, ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, “tendo em vista sua vasta experiência na análise de documentos e por ter, recentemente, prestado apoio aos trabalhos da CPI da Pandemia”.

Resende é especialista na repressão à lavagem de dinheiro. Em 2021, recebeu o “Diploma de Mérito Coaf”, sendo apontado como um dos responsáveis pela “evolução da estruturação de análise, tratamento e utilização dos Relatórios de Investigação Financeira (RIF)” na PF.

A CPMI passa nas últimas semanas por uma espécie de divisor de águas, em que diversos integrantes governistas insistem no aprofundamento da investigação sobre o esquema de venda ilegal, no exterior, de joias e outros bens preciosos presenteados ao Estado brasileiro durante o governo Bolsonaro.

Já chegaram à comissão recebeu dezenas de relatórios do Coaf, além de extratos bancários de figuras do círculo mais próximo de Jair Bolsonaro, como o ex-ajudante de ordens Mauro Cid.

O Radar já mostrou que o tenente-coronel zerou sua aplicação em um fundo de investimentos do Banco do Brasil já depois de preso, além de ter movimentado 34 mil dólares por meio do banco Wells Fargo, nos Estados Unidos.

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