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Ministro Celso de Mello determinou sigilo do material até que PGR se manifeste sobre fatiamento

Por Mariana Muniz SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 8 Maio 2020, 21h13 - Publicado em 8 Maio 2020, 20h56

Faltando poucas horas para terminar o prazo dado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello para que o governo entregasse o vídeo da reunião entre o ex-ministro da Justiça Sergio Moro e o presidente Jair Bolsonaro, a gravação foi, enfim, apresentada pela Advocacia-Geral da União (AGU).

A entrega do vídeo foi confirmada ao Radar pela AGU. No documento que comprova a entrega do HD externo contendo a gravação ao STF, o advogado-geral da União, José Levi Mello do Amaral, garante que o material está na íntegra, sem edição ou cortes.

Em despacho dado na noite desta sexta-feira, o decano do Supremo decidiu aguardar o pronunciamento da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre os pedidos feitos tanto pelo presidente quanto por Moro, e colocou o material em sigilo temporário.

“Determino que incida, em caráter temporário, a nota de sigilo sobre o HD externo encaminhado a esta Corte, no dia de hoje, pelo Senhor Advogado-Geral da União, mediante petição protocolada sob o nº 29.860/2020”, escreveu o ministro no despacho. De acordo com o decano, a proteção será levantada por ele “em face do que vier a deliberar” a PGR.

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A reunião, realizada no dia 22 de abril, é citada por Moro como o momento em que o presidente teria ameaçado demiti-lo caso não trocasse o comando da Polícia Federal.

Nesta quinta-feira, a AGU pediu a Celso de Mello autorização para entregar o vídeo fatiado, sob a justificativa de que a reunião continha assuntos de interesse nacional. A defesa de Moro, por sua vez, também em pedido ao decano, argumentou não haver qualquer conteúdo sigiloso no encontro e solicitou que o vídeo fosse entregue na íntegra.