Um dos primeiros alvos do inquérito das fake news aberto no STF, há pouco mais de uma ano, o general Paulo Chagas praticamente foi esquecido do caso. Ex-candidato ao governo do Distrito Federal, o militar foi alvo de uma ação da Polícia Federal na sua residência.
É investigado por ataques nas redes sociais ao STF e seus ministros. Chegou a participar de alguns atos e discursou em cima de carro de som.
Agora, perto da nova fornada de investigados no inquérito – blogueiros profissionais, financiadores de fake news e deputados do PSL que fazem ameaças nas redes – a acusação contra ele está em quinto plano.
“Virei café pequeno perto disso tudo aí”, disse Chagas ao Radar.
Entre esses novos casos estão Sara Winter, presa hoje pela Polícia Federal, o blogueiro Allan do Santos e deputados como Bia Kicis, Daniel Silveira e Carla Zambelli. Além do ex-deputado Roberto Jefferson.
O general, nesse último ano, se afastou de Jair Bolsonaro.
“Ele fustiga muito, não tem serenidade. E dá muita trela aos filhos, que viraram um problema”.
Chagas comprou desavença com os Bolsonaro quando fez uma defesa pública de Gustavo Bebianno, ex-ministro do governo e que já faleceu.
“Bebianno foi um pitbull na defesa de Bolsonaro, seu principal aliado na campanha, e virou bode expiatório”.
Quando o “Uber black” da PF passou em sua casa, em abril de 2019, levou seu notebook. Não devolveu ainda.
“Pode ficar”.