Alvo de uma operação arquitetada pelo PT para atacar a autonomia da instituição que dirige, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, concedeu nesta segunda uma entrevista ao programa Roda Viva, de Vera Magalhães.
Logo em sua primeira fala, Campos Neto deixou claro que não quer briga com o governo. Se o petismo radical quiser continuar atacando o Banco Central, brigará sozinho. “Farei tudo o que estiver ao meu alcance para aproximar o Banco Central do governo”, disse Campos Neto.
O chefe do BC também fez um carinho no chefe da Fazenda, Fernando Haddad ao dizer que o petista está “super bem intencionado” no debate econômico. Ele procurou se distanciar do bolsonarismo ao dizer que tinha amizade com pessoas, mas não lado político, e que, diferentemente do que dizem Jair Bolsonaro e sua turma, “as eleições foram legítimas”.
Campos Neto também disse que o BC fez seguidas críticas ao governo anterior por ações que provocara instabilidade econômica. Ele lembrou que tem ampla articulação política com o Congresso e que sempre recebeu parlamentares que o procuraram, um recado ao petismo que tenta usar o Parlamento para pressioná-lo.