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Fachin defende ‘rejeição categórica do flertar com o retrocesso’

Para o presidente do TSE, é necessário levar a Constituição a sério e defender as eleições, para "preservar o cerne vital da agenda democrática"

Por Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 ago 2022, 18h05 - Publicado em 11 ago 2022, 11h45

Dias antes de deixar a presidência do TSE, o ministro Luiz Edson Fachin escreveu uma mensagem para ser lida em um ato em defesa da democracia na UFRGS, em que classifica o momento atual como “decisivo para a história da República” e defende a “rejeição categórica do flertar com o retrocesso”.

No texto, ele diz ainda que é necessário levar a Constituição a sério e defender as eleições, para “preservar o cerne vital da agenda democrática”. E defende “coibição de práticas desinformativas que pretendem, com perfumaria retórica e pretextos inventados, justificar a injustificável rejeição do julgamento popular”.

A mensagem não cita o presidente Jair Bolsonaro, sujeito oculto da carta de Fachin.

A manifestação do ministro será lida pela professora Claudia Lima Marques no ato marcado para começar às 11h em Porto Alegre, simultâneo ao que ocorre na USP nesta manhã.

Leia abaixo a mensagem de Fachin, na íntegra:

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Em um momento decisivo para a história da República, a preservação da paz, das instituições democráticas e do regime de liberdades endereça uma causa inapelável e urgente, a demandar uma vigilância ativa e perseverante por parte de todos os segmentos públicos e sociais.

A defesa da ordem constitucional e, consequentemente, da dignidade humana, impõe a rejeição categórica do flertar com o retrocesso e, com isso, a recusa incondicionada e a improtelável coibição de práticas desinformativas que pretendem, com perfumaria retórica e pretextos inventados, justificar a injustificável rejeição do julgamento popular.

Cumpre, nesse passo, reavivar a cidadania e reafirmar o compromisso democrático, evidenciando, com energia, os prejuízos sociais ocasionados por narrativas falsas que poluem o espaço cívico e semeiam o conflito, drenando a  tolerância, espargindo insegurança e, desse modo, minando a estabilidade política e o clima de normalidade das eleições nacionais.

Ao longo de quase um século, a Justiça Eleitoral tem assegurado, com desempenho sobressalente, a integridade de mecânicas elementares para o processamento pacífico dos dissensos coletivos, permitindo a circulação do poder em estrita consonância com a vontade do povo, sem fraudes ou traumas sociais.

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A inexistência de fraudes é um dado observável, facilmente constatado a partir da aplicação de procedimentos de conferência previstos em lei. Há, para tanto, ferramentas tecnológicas e jurídicas aptas à solução de dúvidas, pelo que inexistem razões lógicas, éticas ou legais para que se defenda, com malabarismos argumentativos, a falência do Estado constitucional, com a destituição, pela força bruta, do controle eleitoral atribuído às maiorias.

É preciso respeitar a história incauta dos tribunais eleitorais, demonstrada por seu longevo papel de agentes da paz e garantes fiéis do poder e da voz das cidadãs e dos cidadãos, dos tempos da urna de lona à era do voto eletrônico, referendado, reiteradamente, por especialistas independentes, como um paradigma de integridade para todo o mundo.

É necessário levar a Constituição a sério, defender, obstinadamente, a posição soberana – e sagrada – da cidadania.

Defender as eleições é preservar o cerne vital da agenda democrática, que, acima das cisões ideológicas, alinha, harmonicamente, os interesses de uma gente almeja e merece buscar a prosperidade em uma comunidade pacífica, civilizada e livre.

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