Grampos telefônicos feitos pela Polícia Federal revelam que o esquema no Ministério do Turismo procurou pessoas influentes para se defender e se blindar. Em uma escuta, feita com autorização judicial, a diretora técnica do Ibrasi, Maria Helena Necchi, afirmou a um interlocutor que o advogado Pedro Dallari teria um encontro com João Capiberibe para tratar de um convênio do instituto. Dallari é casado com a filha de Maria Helena, Luciana Dallari. Segundo a PF, Luciana foi deputada estadual paulista pelo PSB de Capiberibe, político do Amapá (epicentro do esquema) que deve assumir em breve mandato no Senado.
Em outro grampo, Pedro chegou a deixar um recado na caixa postal de Luiz Gustavo Machado, diretor-executivo da entidade preso na operação. Comentou na mensagem que, antes de se encontrar com o “senador”, gostaria de conversar com Machado e Maria Helena para planejar o diálogo que teriam e pensar nos desdobramentos.