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Esquema de corrupção em SC tinha até lancha compartilhada, diz MPF

Embarcação comprada por ex-secretário preso pela PF era usada pelo presidente da assembleia, Julio Garcia, seus familiares e até convidados

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 16 set 2020, 10h30 - Publicado em 16 set 2020, 10h09
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  • Presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, o deputado Julio Garcia vive uma situação interessante na “carreira”. Como chefe do Legislativo, ele conduz o processo de impeachment contra Carlos Moisés e a vice Daniela Reinehr. Se o caso for acolhido pelos colegas, Garcia vira governador do estado.

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    Olhando assim, o futuro do deputado parece muito promissor. Nessas histórias de ascensão meteórica na política – que o diga figuras como Wilson Witzel, no Rio –, porém, o problema costuma estar no passado.

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    Garcia foi denunciado pelo MPF nesta semana por integrar um esquema de corrupção que fraudou licitações no governo catarinense durante seguidas administrações. Se virar réu na Justiça antes de derrubar o governador e a vice, seu projeto de poder fica pelo caminho, já que réus não podem figurar na linha sucessória.

    Se conseguir virar governador, no entanto, Garcia ganhará folego momentâneo nas investigações, com a mudança de foro do TJSC para o STJ, em Brasília. A coisa, no entanto, nem de longe parece boa.

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    As investigações da Operação Alcatraz, deflagradas em 2019, levaram para a prisão o ex-secretário adjunto de Administração do governo catarinense Nelson Nappi, indicado ao governo, segundo as investigações, pelo deputado Garcia. Acompanhando o estilo de vida do secretário e a forma como ele gastava a propina do esquema, os investigadores chegaram a quem? Julio Garcia.

    Com salário de 16.000 reais no governo, Nappi tinha luxos incompatíveis com sua renda como uma lancha Phantom 303 de 277.000 reais. A embarcação, comprada no nome de Nappi e de mais um sócio, tinha, no entanto, outro usuário ilustre, o padrinho presidente da assembleia.

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    Interceptações telefônicas realizadas pelos investigadores com autorização da Justiça flagraram a rotina de Garcia e sua família no compartilhamento da lancha.

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    Para os investigadores, a coisa ficou clara. O secretário que fraudava contratos em troca de propina usou o dinheiro para comprar o barco que servia também ao padrinho deputado — não chega a ser um sítio em Atibaia, mas a lancha do “amigo” também é um brinquedo divertido a qualquer político. Imagens de redes sociais e conversas telefônicas grampeadas comprovam ainda que a filha de Garcia e convidados indicados pelo deputado também navegavam pelas águas da bela Florianópolis na embarcação.

    Na denúncia, a alegre rotina de Garcia e seus familiares na lancha do ex-secretário preso é descrita para ilustrar a proximidade dos dois na vida pessoal e não apenas nos “negócios”. “No curso da investigação foram colhidos inúmeros elementos que comprovam que Nelson Nappi ocupava o cargo de secretário adjunto da SEA a partir da indicação política de Julio Garcia, atuando, assim, diretamente para obtenção de valores ilícitos para Julio através de desvios em contratos mantidos com o governo estadual”, diz a denúncia do MPF.

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    (//Divulgação)
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