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Enquete sobre datas do Enem foi última pegadinha de Weintraub

Calendário definido pelo MEC ignorou consulta feita aos estudantes inscritos

Por Mariana Muniz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 jul 2020, 09h24 - Publicado em 9 jul 2020, 07h37

Ao anunciar a definição das novas datas do Enem nesta quarta-feira, o governo ignorou a vontade da maioria dos estudantes que responderam à enquete promovida pelo MEC e vai fazer com que os mais de 6 milhões de inscritos passem as festas de fim de ano estudando.

Os estudantes que responderam à consulta optaram por fazer o teste em maio de 2021, mas é como se não tivessem respondido – os exames serão realizados em janeiro e fevereiro. Segundo o Ministério da Educação, a data, que teve o apoio dos secretários de educação, não inviabiliza o semestre letivo.

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Durante a transmissão da entrevista coletiva que anunciou o novo calendário, os alunos inscritos comentavam sobre a inocuidade da pesquisa. “Não adiantou de nada a gente responder quando preferia”, escreveu um deles, expressando uma queixa propagada por vários outros.

A enquete foi uma das últimas medidas da gestão de Abraham Weintraub, que deixou a pasta por desgastar o governo com ofensas ao Supremo Tribunal Federal (STF).

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Entidades que representam os estudantes, secundaristas e de pós-graduação, também criticaram a decisão do Ministério da Educação. Em uma nota conjunta, UNE, UBES e ANPG afirmaram que a escolha “demonstra que não existe um diálogo verdadeiramente democrático com os estudantes, profissionais da educação e saúde”.

Enquanto isso, o MEC segue sem comando há 22 dias.

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