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Deputado que xinga colegas de corruptos quer apoio para salvar mandato

André Janones (Avante-MG) puxou relator num canto do Salão Verde, reconheceu excesso e pediu ajuda

Por Evandro Éboli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jul 2020, 19h20 - Publicado em 5 nov 2019, 10h05
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  •  (Evandro Éboli/VEJA)

    O deputado André Janones (Avante-MG) responde a um processo no Conselho de Ética por dizer que na Câmara tem “bandidos, corruptos e ladrões”. Não aponta os nomes. O Solidariedade representou contra ele por quebra de decoro. Seu caso foi aceito e, agora, corre atrás de apoios, em especial do relator. 

    Na semana passada, na quarta (dia 30), Janones estava confiante que ia se livrar. O relator de seu caso, JHC (PSB-AL), deu parecer pelo arquivamento. Entendeu que o parlamentar mineiro estava protegido pela imunidade parlamentar. 

    Ledo engano. Irritados com a agressividade de Janones e se sentindo intimidados por ele nas redes sociais, a maioria do conselho derrotou por 11 a 5 o voto e aprovou outro, por 9 a 3 pela admissibilidade, sim, da acusação. Esse voto vencedor foi de Diego Garcia (Podemos-PR), para quem imunidade “não é autorização para se falar qualquer coisa de qualquer um”.

    Para se ter ideia da ação de Janones: antes da sessão, ele postou nas suas redes a seguinte mensagem: “enfim o grande dia. Escapar do processo de cassação não me basta mais: a meta agora é ensinar a eles quem é que manda aqui”. 

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    Na reunião, Janones foi para cima de Diego e o acusou de ter faltado à sessão anterior e não ouviu sua defesa: “se Vossa Excelência tivesse cumprido com vossa obrigação de não faltar aqui teria ouvido minha defesa detalhadamente…mas tem uma agenda muito corrida, não pôde vir”, ironizou. 

    Outros deputados do conselho se queixaram da pressão de Janones contra eles na rede, caso de Dr. Vanda Milani (Solidariedade-AC), uma ex-promotora e  ex-procuradora-geral do estado.

    “Fui funcionária pública por 45 anos e nunca fui taxada de bandida e corrupta…Fui achincalhada (agora) diversas no facebook e no zap. ‘Tem que acompanhar nosso deputado. Ou vai ter revanche’. Não tenho medo de revanche”. 

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    Minutos depois, ela recebe uma mensagem dessas. 

    “Vagabunda. Você nunca mais ganha nenhuma eleição”. 

    Janones disse que a deputada estava muito “mal informada” e negou que estimule esses ataques. 

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    O ENCONTRO COM O RELATOR

    Na mesma quarta, 30, depois da sessão do conselho, Janones procurou o relator Diego Garcia, que agora apresentará um voto com uma possível punição, que vai de  uma advertência até perda do mandato. Ou não.

    Eles conversaram por cerca de dez minutos, num canto do Salão Verde, na entrada do plenário. Janones estava preocupadíssimo com o desfecho do caso. Disse que uma suspensão do mandato, por exemplo, previsto no código, poderia atrapalhar seus planos de disputar a Prefeitura de Belo Horizonte (MG) ano que vem.

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    O relator mais ouviu do que falou. A coluna Radar registrou uma imagem desse encontro e testemunhou trechos da conversa. Janones agradeceu ao relator, reconheceu que se excedeu na sessão do conselho ao atacar os colegas e prometeu que irá maneirar. 

    Disse que numa eventual decisão do conselho a seu favor não irá “tripudiar”, mas que vai comemorar nas suas redes. 

    “Não vou usar isso para tripudiar…Dependendo da minha posição fica ainda pior para o conselho…a imagem que posso trazer para a casa. Mas não vou…” 

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    E, no final, agradeceu ao relator: 

    “De qualquer maneira te agradeço, por ter me ouvido, por  tua atenção e pelo caminho que você me deu”. 

    No conselho o clima é de adverti-lo, não de cassar seu mandato.

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