Derrotado nas urnas no último domingo, o deputado federal Luiz Lima, que concorria à prefeitura do Rio pelo PSL, encaminhou nesta quarta-feira uma carta ao partido pedindo o fim da cisão entre “bolsonaristas” e “bivaristas” dentro da legenda.
Os dois grupos surgiram dentro da legenda depois de o presidente Jair Bolsonaro, eleito pelo PSL em 2018, romper com Luciano Bivar, o presidente do partido. Hoje sem partido, Bolsonaro patina para conseguir erguer o seu “Aliança pelo Brasil”.
“Não podemos mais nos segregar entre ‘bivaristas’ ou ‘bolsonaristas’. Somos todos do PSL. Mandatários ou não, construímos juntos esse partido com o Presidente Bolsonaro. Não nos dividimos entre ‘traidores” ou “aliados’ do Presidente. Juntos formamos a base do governo, assim como outras centenas de parlamentares de outros partidos políticos”, escreveu o deputado, que é vice-líder de Bolsonaro na Câmara.
O apelo de união não é de todo sem sentido. O resultado minguado de Lima no Rio — 180.336 votos, 6,85% do total — reflete o cenário de terra arrasada para o PSL nestas primeiras eleições como ex-partido de Bolsonaro: a sigla figura nas últimas posições no ranking de partidos com mais candidatos eleitos, com 90 prefeitos e 1.207 vereadores em todo o país. Saudades do cabo eleitoral.