Com Jair Bolsonaro nos Estados Unidos, a catadora Aline Sousa foi a responsável por passar a faixa presidencial a Lula. Aline, tem 33 anos e trabalha com coleta de material reciclável desde os 14. Ela faz parte do grupo representativo das minorias sociais que acompanhou o petista na subida da rampa do Planalto.
A responsável pelo rito é militante do Movimento Nacional de Catadoras, negra e mãe de sete filhos. Junto com Aline, estava Francisco. Menino negro de 10 anos, morador da periferia de São Paulo e campeão paulista de natação. Assim como Lula, é corintiano “roxo” e sonha em ser presidente.
O cacique Raoni Metuktire, reconhecido defensor da preservação da Amazônia, também subiu a rampa. Aos 90 anos, Raoni superou recentemente uma infecção intestinal e uma contaminação por Covid-19. Já Murilo de Quadros Jesus, de 28 anos, foi bolsista como professor de português na Bluefield College, nos Estados Unidos. Ele é formado em Letras na UTFPR e mora em Curitiba.
Também do Paraná, a cozinheira da Associação dos Funcionários da Universidade Estadual do Maringá Jucimara Fausto dos Santos, acompanhou o novo presidente. Ela ganhou um concurso culinário na vigília que apoiadores fizeram em frente à penitenciária, em que Lula esteve preso, na capital paranaense. Flavio Pereira, artesão de 50 anos, que esteve na vigília durante os 580 dias, participou da cerimônia.
Lula ainda lembrou das suas origens no mundo político. O metalúrgico do ABC, Weslley Viesba Rodrigues Rocha, 36 anos, trabalha no chão de fábrica desde os 18. Ele é DJ do grupo de Rap, Falange, e representou no Planalto o movimento Hip Hop.
O influenciador digital, Ivan Baron, potiguar que teve paralisia cerebral aos 3 anos representou a luta anticapacitista. O momento mais simbólico da posse presidencial ainda contou com a presença da primeira-dama Janja, que carregou a cachorra de estimação do casal, Resistência. Geraldo e Lu Alckmin completaram o grupo.