A urgência de um plano de prevenção a eventos climáticos extremos com base científica será uma das principais pautas da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, considerada estratégica para definir a política científica brasileira nos próximos dez anos. A conferência será realizada pelo MCTI de 4 a 6 de junho, em Brasília, com a presença de Lula e vários ministros.
As graves consequências dos temporais e enchentes no Rio Grande do Sul serão o eixo do debate sobre a ciência e o clima. Uma das sessões do evento terá o título “Na era dos desastres climáticos, a política precisa ouvir a ciência”. A intenção é criar uma estratégia nacional com políticas públicas permanentes para eventos climáticos. “É a ciência que pode prevenir e minimizar impactos nestas tragédias que estão cada vez mais latentes em nosso país”, afirma o secretário-geral adjunto da conferência, Anderson Gomes.
A inteligência artificial também será debatida no evento, que volta a ser realizado depois de 14 anos. A expectativa do setor de ciência, tecnologia e inovação é que um plano nacional para a área, já demandado por Lula ao Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia, seja apresentado ainda durante o evento.
Mais de 70.000 pessoas participaram dos 221 encontros preparatórios regionais, estaduais, municipais, temáticos e livres da conferência (número recorde na história do evento, que já teve quatro edições), organizados nos últimos meses com o objetivo de coletar sugestões da sociedade para a construção de uma nova estratégia nacional de ciência, tecnologia e inovação.