A desembargadora Maria do Carmo Cardoso, do TRF-1, escapou de punição disciplinar por ter afirmado em uma rede social, depois da eliminação do Brasil da Copa do Mundo, que a “Seleção verdadeira” estava “na frente dos quartéis” – em uma manifestação de apoio aos eleitores de Jair Bolsonaro que contestavam a derrota para Lula nas eleições e pediam uma intervenção das Forças Armadas.
Ela também escreveu, na publicação em dezembro do ano passado, que “o técnico (Tite) é petista e a Globolixo é de esquerda”.
Por oito votos a seis, o CNJ arquivou reclamação disciplinar contra a desembargadora apresentada pelo corregedor-geral de Justiça, Luis Felipe Salomão. Ele argumentava que Cardoso havia infringido regra que proíbe magistrados de dar opinião nas redes sociais que “demonstre atuação em atividade político-partidária ou manifestar-se em apoio ou crítica públicos a candidato, lideranças políticas ou partidos políticos”.
O advogado da desembargadora no caso foi André Callegari, que também defendeu o general Gonçalves Dias, ex-chefe do GSI do governo Lula, na CPMI do 8 de Janeiro, e Luciano Cavalcante, ex-assessor de Arthur Lira que foi alvo da operação Hefesto, em que a PF investiga supostas irregularidades na compra de kits de robótica pelo FNDE.