A CNI reduziu a previsão de crescimento da economia brasileira para este ano. Segundo relatório de conjuntura divulgado nesta quarta, a estimativa para o PIB, que era de uma alta de 1,2% no último levantamento, passou a 0,9% no mais recente.
Os motivos apontados para a revisão da projeção são diversos e incluem, entre outras coisas, a redução da produção industrial, impactada principalmente pela atividade econômica que não reage, pela inflação persistente que prejudica o consumo, pelo aumento do preço de insumos como aço e pelas taxas de juros elevadas, que encarecem os empréstimos e dificultam o investimento.
A confederação da indústria também aponta a guerra na Ucrânia e o avanço da variante ômicron no início do ano como outros motivos para uma economia menos aquecida do que o previsto. Um detalhe sobre a ômicron é que, apesar de o país registrar indicadores cada vez menores de casos da Covid-19, a China vive hoje um aumento nos contágios, o que prejudica, por exemplo, negócios com o principal parceiro comercial do Brasil.
“Esperávamos um ajuste mais rápido das cadeias de suprimentos, algo que foi atrasado pela guerra e não esperávamos os entraves logísticos causados pela Covid-19 na
China. Também esperávamos uma trajetória de inflação mais moderada, com menor elevação das taxas de juros. A massa de rendimentos real (que explica o poder de compra das
famílias e o consumo) seguirá mais restringida pela inflação do que antecipado”, diz a CNI em seu relatório.