Réu no STF por corrupção e lavagem de dinheiro no esquema da Petrobras, o senador Fernando Collor será finalmente julgado pela propina milionária que amealhou no período em que tirava vantagens dos “serviços” de figuras como Nestor Cerveró, o ex-diretor da área internacional da estatal.
Quem acompanha o humor dos ministros neste caso, diz que o senador deve ser condenado a partir das provas reunidas pelos investigadores. Ser oficialmente declarado corrupto pelo Supremo, assim como foram os mensaleiros há alguns anos, tende a ser o único infortúnio de Collor no caso.
Aos 72 anos, Collor dificilmente pegará algum tempo de cana pelos crimes cometidos. O Código Penal, no artigo 115, afirma que o prazo de prescrição é reduzido pela metade quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor de 21 anos, ou, na data da sentença, maior de 70 anos.
A depender da pena recebida, portanto, Collor seguirá tranquilo, apesar dos carrões importados comprados com dinheiro sujo, segundo os investigadores da Lava-Jato.