O presidente afastado da CBF, Rogério Caboclo, enviou petição ao Conselho de Ética do Futebol anunciando que não prestará depoimento ao órgão. Uma oitiva com o dirigente estava marcada para esta sexta-feira, 9.
Caboclo foi afastado da CBF no início de junho por suspeitas de assédio sexual e moral contra funcionárias da confederação. Ele foi suspenso do cargo inicialmente por um prazo de 30 dias que depois foi postergado por mais 60.
Na quarta-feira, 7, a defesa anexou sua versão escrita dos fatos ao processo que corre no Conselho de Ética, entidade que é independente da CBF.
Na quinta, os advogados de Caboclo enviaram petição à presidente do conselho e relatora do processo, Gladys Regina Vieira Miranda, avisando que o dirigente não participaria do depoimento presencial marcado para o dia seguinte.
Na peça, Caboclo diz que todas as informações já foram prestadas na versão escrita de sua defesa e que não haveria motivo para sua oitiva. Ele afirma ser vítima de perseguição e de um afastamento ilegal.
Ele diz ainda não reconhecer a comissão como um órgão competente para decretar o seu afastamento provisório e que as denúncias são “manifestamente ilícitas” e “imprestáveis”, frutos de um processo “repleto de vícios e nulidades”.