Discretamente, Jair Bolsonaro vem avisando a líderes da base evangélica do Congresso que já escolheu seu novo ministro do STF.
Será o titular da Justiça, André Mendonça. A confusa cabeça presidencial sempre pode mudar, mas auxiliares palacianos dizem que Mendonça já foi até avisado por Bolsonaro.
Ao Radar, um líder evangélico da Câmara explicou que o presidente antecipou a escolha do nome para encerrar o lobby de aliados por outros nomes, como o do chefe da PGR, Augusto Aras.
O presidente gosta do chefe da Procuradoria, poderia até indicá-lo ao STF, diz esse parlamentar, mas numa “terceira vaga” que poderia ser aberta — os bolsonaristas realmente acreditam nisso — com a aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski ou da ministra Cármen Lúcia.
Os magistrados, como se sabe, não dão sinais de que irão pendurar a toga, por isso aliados de Aras vinham tentando pavimentar o nome dele junto a Bolsonaro. O decano do STF, ministro Marco Aurélio Mello, se aposenta em junho.
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