Baiano malcriado
Marcelo Odebrecht tem vivido embates pesados com o governo este ano. Desentendeu-se com a Caixa Econômica, sua sócia nos setores de transporte e saneamento; estapeou-se com o governo por causa da política de preços do etanol; brigou contra a autorização para a iniciativa privada construir mais um aeroporto em São Paulo; e criticou a concentração […]
Marcelo Odebrecht tem vivido embates pesados com o governo este ano. Desentendeu-se com a Caixa Econômica, sua sócia nos setores de transporte e saneamento; estapeou-se com o governo por causa da política de preços do etanol; brigou contra a autorização para a iniciativa privada construir mais um aeroporto em São Paulo; e criticou a concentração de financiamentos no BNDES.
A quem o questiona se não é hora de a Odebrecht adotar um estilo mais suave no trato com os clientes, Marcelo responde com uma história da década de 70 que ouvia do avô, Norberto, que morreu sábado, 19.
Quando o responsável pela construção do Galeão mostrou a Ernesto Geisel a lista de empresas candidatas à obra, o então presidente a olhou e disse: ‘Eu daria a obra para aquele baiano malcriado, o Norberto Odebrecht. Ele reclama muito, mas cumpre tudo o que promete’.