Com boa parte do país em chamas, Lula foi ao Amazonas, nesta semana, com oito ministros, além de uma infinidade de assessores e seguranças. Com seus discursos, o presidente foi o único que fez alguma coisa durante a viagem.
A necessidade de uma comitiva tão grande — com mobilização de aviões e muitos carros, algo que custa muito dinheiro público num governo com orçamento já limitado — constrangeu auxiliares de Lula. “Deixamos um monte de coisas paradas em Brasília e não fizemos nada lá”, diz um deles.
Segundo o Planalto, foram ao Amazonas os ministros: Rui Costa (Casa Civil), Waldez Góes (Integração e do Desenvolvimento Regional), Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), Nísia Trindade (Saúde), Sonia Guajajara (Povos Indígenas), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) e José Múcio (Defesa).
O presidente tem ordenado aos ministros que viajem o país em agendas de promoção de ações do governo. A medida, segundo um auxiliar do petista, tem o objetivo de reverter a baixa popularidade da gestão.
Levantamentos recentes da Quaest mostraram que a avaliação positiva do governo Lula é menor que a negativa em 12 de 22 capitais — e maior apenas em três. Em sete capitais, há um empate técnico entre avaliação positiva e negativa. Em pleno período eleitoral, os dados oferecem uma péssima notícia ao Planalto.