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Auxiliar de Bolsonaro diz que dados da Vivo enviados à CPI foram fraudados

'Destaco que nunca tive conta e nenhuma espécie de vínculo jurídico com a Vivo', afirmou Tercio Arnaud Tomaz

Por Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 jul 2021, 13h37 - Publicado em 19 jul 2021, 12h31
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  • Depois de o Radar revelar, na edição que está nas bancas, que a CPI da Pandemia recebeu dados do sigilo telefônico de Tercio Arnaud Tomaz indicando que ele se desfez de sete números de celular registrados em seu nome em outubro do ano passado, o assessor especial do presidente Jair Bolsonaro procurou a coluna para declarar que as informações enviadas pela Vivo foram fraudadas.

    “Destaco que nunca tive conta e nenhuma espécie de vínculo jurídico com a Vivo. Estarei oficiando nas próximas horas a vivo e a Anatel por eventual crime de fraude perpetrado contra a minha pessoa”, afirmou Tércio.

    O auxiliar de Bolsonaro, apontado como o cabeça do “gabinete do ódio” do Palácio do Planalto, também disse que vai comunicar o episódio à Polícia Civil do Distrito Federal, “para investigações que entender pertinente”.

    O dado que chamou a atenção dos senadores chegou à CPI na segunda-feira passada. em resposta a um requerimento sobre o sigilo telefônico de Tércio entre 1º de abril de 2020 e 29 de junho de 2021.

    No documento confidencial, obtido pelo Radar, a Telefônica Brasil S.A — detentora da marca da Vivo — identificou oito números no CPF indicado, todos registrados em um endereço de Campina Grande (PB), citada natal do assessor. Todos eles foram habilitados em 2019, quando Bolsonaro já era presidente.

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    Tercio informou ao Radar que tem um apartamento financiado no endereço em que os números foram registrados, mas que nunca morou no local. E que não mora mais em Campina Grande desde 2017, quando se mudou para o Rio de Janeiro para trabalhar no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro.

    Sete desses números foram desativados dentro de um período de dez dias — entre 13 e 23 de outubro do ano passado.

    Todos os chips eram pré-pagos e foram registrados com o DDD 66, que não é da Paraíba, e sim do Mato Grosso. O assessor ao Radar disse que nunca esteve no Estado.

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    O auxiliar do presidente disse ainda que entrou em contato com a Vivo e foi informado da existência dos cadastros com o DDD 66, de Rondonópolis (MT) e região.

    “Alguém pegou meus dados e cadastrou cartão pre-pago com DDD 66. Não sabia desses chips, fiquei sabendo por você. Quem fez isso cometeu um crime”, declarou.

    Ele também levantou a suspeita de que alguém tenha habilitado os chips para “sujá-lo” ou que a iniciativa tenha sido feita por “um zé mané qualquer, para outro fim”.

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    “Sou vítima nesse caso. Documento fraudulento esse aí”, complementou.

    Tercio foi investigado no inquérito das fake news no STF e apontando como um dos gerenciadores da rede de perfis construída para disseminar ataques no Facebook.

    Na tarde de sábado, ele se manifestou no Twitter sobre a notícia publicada no Radar: “Que porra é essa? Nunca tive um chip da Vivo sequer!”.

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