A Polícia Federal trabalha há um ano para acessar os celulares do empresário Luciano Hang, conhecido nas redes sociais como “Véio da Havan”. Com a apreensão, em agosto do ano passado, Hang negou o fornecimento das senhas de acesso aos aparelhos de telefone.
“Consta, segundo informação policial, que a perícia técnica ainda trabalha no processo de identificação das referidas senhas”, diz petição assinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, em 18 de agosto deste ano.
Hang é investigado junto aos integrantes do grupo de WhatsApp “Empresários & Política”, no qual Meyer Joseph Nigri repassou uma fake news que recebeu do então presidente Jair Bolsonaro. A apuração da PF encontrou nas conversas ataques ao Supremo Tribunal Federal, ao Tribunal Superior Eleitoral, aos ministros das Cortes e às urnas eletrônicas.
Na decisão, Moraes arquiva a investigação de seis participantes do grupo de Whatsapp “por ausência de justa causa”. Ele também devolve os bens apreendidos dos empresários, à exceção de dois iPhones de Hang “para continuidade das tentativas de desbloqueio e posterior análise dos dados armazenados”. Hang e Nigri serão investigados por mais sessenta dias.