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‘Repasse ao máximo’, disse Bolsonaro a empresário em mensagem de fake news

A PF encontrou o material no celular de Meyer Nigri, investigado por "ilícita defesa de um golpe de Estado"

Por Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 ago 2023, 12h28 - Publicado em 22 ago 2023, 11h00

A Polícia Federal encontrou no celular do empresário Meyer Joseph Nigri mensagens enviadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro com conteúdo falso, ataques a ministros do TSE e do STF e ao processo eleitoral brasileiro. E um pedido para que o interlocutor as “repasse ao máximo”.

O material foi enviado logo em seguida ao grupo “Empresários & Política” no WhatsApp, cujos integrantes foram investigados por “ilícita defesa de um golpe de Estado”.

A descoberta consta de decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que determinou o arquivamento da investigação sobre seis dos oito empresários bolsonaristas que foram alvo da apuração, iniciada em agosto do ano passado. Moraes atendeu o pedido da PF para prorrogar o prazo da investigação sobre Nigri, por causa da sua relação com Bolsonaro, e Luciano Hang, uma vez que o dono da Havan se recusou a fornecer as senhas dos aparelhos apreendidos.

“A dilação de prazo solicitada pela Polícia Federal é justificada, uma vez que, em relação ao investigado MEYER JOSEPH NIGRI há necessidade da continuidade das diligências, pois o relatório da Polícia Federal ratificou a existência de vínculo entre ele e o ex-Presidente Jair Bolsonaro, inclusive com a finalidade de disseminação de várias notícias falsas e atentatórias à Democracia e ao Estado Democrático de Direito, utilizando-se do mesmo modo de agir da associação especializada investigada no Inq. 4874/DF”, decidiu o ministro, em referência à investigação de milícias digitais antidemocráticas.

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Os seis empresários que deixaram de ser investigados, por “ausência de justa causa”, foram Afrânio Barreira Filho, José Isaac Peres, José Koury Junior, Ivan Wrobel, Marco Aurélio Raymundo e Luiz André Tissot.

O despacho, assinado por Moraes na última sexta-feira, aponta que o grupo “reunia grandes empresários de diversas partes do país a pretexto de apoiar a reeleição do então Presidente da República Jair Messias Bolsonaro”. A PF apontou que eles demonstraram aderência voluntária ao mesmo modo de agir da associação especializada
investigada no inquérito das milícias digitais, com os mesmos objetivos: “atacar integrantes de instituições públicas, desacreditar o processo eleitoral brasileiro, reforçar o discurso de polarização; gerar animosidade dentro da própria sociedade brasileira, promovendo o descrédito dos Poderes da República, além de outros crimes”.

O relatório da PF aponta que um número identificado como “Pr Bolsonaro 8” enviou um vídeo no dia 26 de junho do ano passado, seguido da seguinte mensagem:

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“- O ministro Barroso faz peregrinação no exterior sobre o atual processo eleitoral brasileiro, como sendo algo seguro e confiável. – O pior, mente sobre o que se tentou aprovar em 2021: o voto impresso ao lado da urna eletrônica, quando ele se reuniu com lideranças partidárias e o Voto Impresso foi derrotado. Isso chama-se INTERFERÊNCIA. – Todo esse desserviço à Democracia dos 3 ministros do TSE/STF, faz somente aumentar a desconfiança de fraudes preparadas por ocasião das eleições. – O DataFolha infla os números de Lula para dar respaldo ao TSE por ocasião do anúncio do resultado eleitoral.
REPASSE AO MÁXIMO.”

Nigri então responde que já repassou “pra vários grupos!” e comenta que faz tempo que os dois não se falam, questionado como o então presidente estava. “Abs (abraços) de Veneza”, conclui.

“Ou seja, a pessoa associada ao contato Pr Bolsonaro 8 enviou ao investigado MEYER NIGRI, as mensagens com conteúdo não lastreado ou conhecidamente falso (fake News), atacando integrantes de instituições públicas, especialmente Ministros do STF, desacreditando o processo eleitoral brasileiro. Em seguida, após receber as mensagens em chat privado, MEYER NIGRI publicou o conteúdo ilícito no grupo de WhatsApp Empresários & Política. Inclusive, MEYER NIGRI avisa ao interlocutor Pr Bolsonaro 8, que uma das mensagens falsas, relativa a divulgação de uma possível fraude no sistema de votação brasileiro, foi repassada a vários grupos”, aponta a Polícia Federal.

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