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Após operação, senador petista aciona PGR por cassação do registro do PL

Humberto Costa anunciou que vai pedir investigação sobre participação do partido de Bolsonaro em tentativa de golpe

Por Ramiro Brites Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Gustavo Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2024, 10h33 - Publicado em 8 fev 2024, 13h53

O senador do PT Humberto Costa pediu ao Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, a abertura de uma investigação contra o PL. O petista quer a cassação do Partido Liberal após o relatório da Polícia Federal apontar o uso da estrutura partidária para elaboração de uma minuta golpista e para a disseminação de informações falsas contra o sistema eleitoral.

“Estou enviando representação ao PGR para que abra investigação sobre a participação do PL em tentativa de golpe e abolição violenta do Estado democrático de Direito”, escreveu Costa nas redes sociais.

O inquérito, usado como base para a operação da Polícia Federal deflagrada nesta quinta-feira, mostra que investigados se reuniam em imóveis alugados pelo PL. A casa, utilizada como Comitê de Campanha em 2022, foi a sede do “núcleo jurídico”, apontado pela PF como um grupo destacado para dar sustentação à trama golpista em termos da lei.

Além de Mauro Cid, que integrava quatro dos seis núcleos demonstrados pela PF, o grupo de juristas também era composto por Filipe Martins, ex-assessor da Presidência preso na operação desta quinta, pelo advogado Amauri Saad, apontado na CPMI do 8 de janeiro como autor intelectual da “minuta do golpe”, e pelo padre José Eduardo de Oliveira e Silva.

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O pároco teria pedido, por cinco vezes, viagens de carros de aplicativos até a casa supostamente usada como QG golpista. Segundo a PF, Oliveira e Silva e Martins participaram de reunião em que foi apresentada a tal minuta golpista.

No ofício encaminhado Paulo Gonet, Humberto Costa diz que Valdemar Costa Neto foi o “principal fiador” de questionamentos à lisura do processo eleitoral. O petista questiona se foram usados recursos do fundo partidário para financiar “atividades delituosas”.

“Ao final, se comprovados os ilícitos e atos criminosos eventualmente praticados pelo Partido Liberal, consubstanciando-se em financiamento de atividades ilegais e criminosas com o objetivo de promover a invalidação da eleição do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a prática criminosa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, seja proposta, perante o Tribunal Superior Eleitoral, a competente Ação de Cassação de Registro Eleitoral do Partido Liberal”, escreveu o senador.

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