Questionado na tarde desta quarta se viu o relatório que teria sido produzido pelas Forças Armadas sobre as urnas eletrônicas, o presidente Jair Bolsonaro negou que as instituições militares tenham feito uma auditoria — cujo eventual resultado foi solicitado pelo presidente do TSE, Alexandre de Moraes, nesta terça. O ministro deu 48 horas para que o Ministério da Defesa entregasse os documentos.
O próprio Bolsonaro, no entanto, declarou na noite do dia 2, após o primeiro turno das eleições, que estava aguardando um parecer do ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira. “Vai ser feito o relatório”, declarou o presidente, há 17 dias.
“As Forças Armadas não fazem auditoria. Então lançaram equivocadamente. A comissão de transparência eleitoral não tem essa atribuição. Então furada, fake news”, disse ele nesta quarta, no Palácio da Alvorada.
“Mas o senhor não tinha dito que ia haver um relatório?, questionou um jornalista, de pronto. “Você agora está botando na minha boca agora? Não bota na minha conta, não”, rebateu Bolsonaro.
Nesta terça, o Radar mostrou que o Ministério da Defesa também deverá informar a Moraes que não fez auditoria das urnas, “limitando-se, tão somente, à fiscalização do sistema eletrônico de votação naquilo que é previsto nas normas baixadas pelo TSE”.
Eis o que disse o presidente no dia do primeiro turno, ao ser indagado se confiava no resultado das eleições:
“Vou aguardar o parecer aqui das Forças Armadas, que ficaram presentes hoje lá na sala-cofre. Repito: elas foram convidadas a participar, integrar uma comissão eleitoral. Então isso aí fica a cargo aí do ministro da Defesa tratar desse assunto”.
Questionado quando receberia “a auditoria das Forças Armadas”, ele não negou a existência da e respondeu:
“Olha, eles participaram da sala-cofre né? Devem estar lá até agora. Até o encerramento vão estar lá. Isso aí vai ser feito um relatório pelo Ministério da Defesa. Vai ser feito o relatório”.