Em diferentes momentos das crises provocadas por Jair Bolsonaro neste ano, o presidente da Câmara, Arthur Lira, reforçou ao distinto público a mensagem de que, apesar de ser aliado do Planalto, tudo teria limites nessa atuação destrutiva do chefe do Executivo em relação ao país.
“Remédios no Parlamento são todos amargos. Alguns, fatais”, disse Lira numa dessas ocasiões. Os remédios, segundo o chefe da Câmara, “são aplicados quando a espiral de erros de avaliação se torna uma escala geométrica incontrolável”.
O chefe da Câmara não revela se ainda acredita que consiga controlar o aliado do Planalto, mas a situação, para muitos dos aliados de Lira na Câmara, passou dos limites nesta terça.
Ao longo do feriado, caciques de diferentes bancadas partidárias trocaram telefonemas para avaliar a escalada das declarações de Bolsonaro contra o STF e na direção de uma intervenção golpista. Alguns vão cobrar de Lira o tal “remédio amargo” contra Bolsonaro.