O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso depôs como testemunha de Lula na manhã desta segunda (11) na ação penal que investiga a propriedade do sítio de Atibaia, no interior de São Paulo.
Questionado pelo advogado de Lula, Cristiano Zanin, sobre a relação com o Emílio Odebrecht, FHC disse que conversava não só com o empreiteiro, mas com todo o empresariado.
“Estão registrados”, disse FHC, sobre os contatos.
“E ainda falo até hoje”, disse.
Zanin disse que foram juntadas agendas de encontros de Lula com Emílio Odebrecht na ação penal. E quis saber se FHC fazia o mesmo.
“Posso ter conversado. Com o Antonio Ermírio Moraes, Olavo Setubal”, disse. “Agora, sempre pensando no interesse público.”
“Do jeito que eu sou, é difícil alguém vir conversar pensando no seu interesse próprio. Podem até fazer. A função de quem está governando não é escolher o interlocutor. Mas você tem que ter uma forma de ser que impeça qualquer inconveniência”, disse.
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