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Ação da PF mirou provas contra Bolsonaro e milícias bolsonaristas

Auxiliar de Alexandre de Moraes defendeu 'cruzamento de dados bancários' dos empresários com os dados telemáticos do ajudante de ordens do presidente

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 29 ago 2022, 18h50 - Publicado em 29 ago 2022, 17h31

Relatório elaborado por Airton Vieira, magistrado que atua no gabinete do ministro Alexandre de Moraes no STF, mostra que as buscas da Polícia Federal contra oito empresários bolsonaristas, por suposta organização de atos golpistas, tiveram o objetivo de colher elementos para fomentar outras investigações contra milícias de fake news bolsonaristas e grupos ligados ao presidente Jair Bolsonaro que já organizaram atos golpistas, como a ameaça com caminhões ao STF no feriado de 7 de setembro do ano passado.

“Há inúmeros depoimentos colhidos ao longo das investigações e que foram objeto de análise pelo Relatório da Polícia Federal que reforçam a existência dessa rede amplamente sofisticada e com diversos núcleos de atuação, inclusive a participação de agentes políticos”, diz o auxiliar de Moraes.

O elo entre os empresários alvos da PF na semana passada e os grupos investigados por outros crimes seria o empresário Luciano Hang, que já foi apontado em outras investigações como financiador de atos antidemocráticos e também financiador do grupo de empresários que impulsionavam vídeos “contendo ofensas e notícias falsas com o objetivo de desestabilizar as instituições democráticas”.

O empresário Marlon Bonilha é citado como financiador do envio de caminhões até a Esplanada dos Ministérios nos atos golpistas de 2021. Fotos dele com o empresário Luciano Hang, um dos alvos da PF, e com Bolsonaro no Planalto também integram o relatório. “Um grupo de empresários, a pretexto de apoiar a reeleição para presidente de Jair Messias Bolsonaro, demonstraria aderência voluntária ao mesmo modo de agir já identificado em procedimentos que tramitam nesta Corte e que possuiria o mesmo objetivo comum: atacar integrantes de instituições públicas, desacreditar o processo eleitoral brasileiro, reforçar o discurso de polarização, gerar animosidade dentro da própria sociedade brasileira, promovendo o descrédito dos poderes da República, além de outros crimes”, diz o auxiliar de Moraes.

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Vieira sustenta que as buscas contra os empresários e a quebra de sigilo bancário ordenada contra eles são “oportunas” porque têm “o condão de trazer elementos concretos do envolvimento dos investigados com o ‘núcleo financeiro'” do grupo que financiou atos antidemocráticos. O auxiliar de Moraes também sustenta que os dados bancários dos empresários bolsonaristas poderão “servir de norte para o eventual cruzamento” com dados bancários “obtidos de investigados nos outros inquéritos” que seriam financiadores de atos criminosos.

Há ainda a intenção de cruzar os dados bancários dos empresários bolsonaristas com dados colhidos na quebra de sigilo telemático do ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cesar Cid. Para justificar essa análise, o magistrado afirma que tal cruzamento de dados “pode vir a apontar dados coincidentes com os fins da presente investigação”.

“No inquérito instaurado para investigação do presidente da República Jair Messias Bolsonaro, em relação aos crimes apontados no relatório final da CPI, foi apontada a existência de um núcleo de financiamento para divulgação de fake news sobre a Covid-19, fornecendo recursos materiais e financeiros necessários para sustentar economicamente a organização e permitir a realização de ações decididas pelo núcleo de comando, nos mesmos moldes da investigações anteriores”, diz o auxiliar de Moraes.

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