A reação de Pacheco à minuta de decreto de golpe que decretaria sua prisão
"Ação insensata encabeçada por uma minoria irresponsável", afirmou o presidente do Senado e do Congresso
Uma das autoridades que teria a prisão decretada em uma minuta de decreto de golpe de Estado entregue no fim de 2022 a Jair Bolsonaro, segundo investigação da PF, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, divulgou nota há pouco repudiando a “ação insensata encabeçada por uma minoria irresponsável, que previa impor um Estado de exceção e prisão de autoridades democraticamente constituídas”.
“Agora, cabe à Justiça o aprofundamento das investigações para a completa elucidação desses graves fatos”, concluiu o presidente do Congresso Nacional, que está em Belo Horizonte acompanhando Lula em um evento.
Reproduzido na decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que autorizou a operação deflagrada na manhã desta quinta contra Bolsonaro e diversos aliados, o relatório da investigação da PF aponta que “os elementos informativos colhidos revelaram que JAIR Bolsonaro recebeu uma minuta de Decreto apresentado por FILIPE MARTINS e AMAURI FERES SAAD para executar um Golpe de Estado”.
O documento detalharia “supostas interferências do Poder Judiciário no Poder Executivo e ao final decretava a prisão de diversas autoridades, entre as quais os ministros do Supremo Tribunal Federal, ALEXANDRE DE MORAES e GILMAR MENDES, além do Presidente do Senado RODRIGO PACHECO e por fim determinava a realização de novas eleições”.
Ainda de acordo com a Polícia Federal, foram realizadas alterações posteriormente a pedido de Bolsonaro, permanecendo a determinação de prisão de Moraes e a realização de novas eleições.