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A propina de Paulinho – parte 2 – 500.000 reais na conta da filha

O Radar teve acesso a centenas de páginas do processo sigiloso de delação de um empresário que incrimina o deputado na Justiça

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 dez 2019, 07h21 - Publicado em 20 dez 2019, 06h02
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  • Com o acerto da propina finalizado a partir do depósito da JBS de 3 milhões de reais na conta da Nando´s Transportes, as primeiras orientações de Paulinho da Força sobre para onde destinar a bolada começaram a chegar até o empresário Leandro Aparecido da Silva Anastácio, prestador de serviços da JBS em Barretos, escolhido para lavar o dinheiro.

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    A propina de Paulinho — parte 1 — O acerto de Barretos

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    A propina de Paulinho — parte 3 — O sonho da casa própria

    A propina de Paulinho — parte 4 — Dinheiro vivo na sede do partido

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    Leandro Aparecido fechou acordo com a Justiça depois de Joesley Batista e Ricardo Saud delatarem o repasse de recursos ao cacique do Solidariedade. Na parte 1 da história, o Radar mostra como se deu o acerto da propina milionária.

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    O primeiro saque da conta-propina foi de 500.000 reais e já revelou ao empresário uma confusão entre o “projeto político” do Solidariedade de Paulinho e os interesses familiares do deputado que dominariam a história.

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    Segundo Paulinho, o dinheiro deveria ser repassado a uma empresa, a PS Silva e Gomes Publicidade, registrada em nome de Juliana Pereira Vilella de Pinho, filha do próprio deputado.

    Para mascarar o pagamento da empresa de transportes de Barretos à empresa da filha de Paulinho, entrou em cena o genro do deputado, o advogado Cristiano Vilella. “Houve o contato do genro do deputado Paulinho, o Cristiano (…) Ele sugeriu que nós fizéssemos um contrato fictício entre a Nando´s Transportes e a empresa de publicidade, como se a empresa de publicidade estivesse prestando um serviço para a empresa de transporte”, disse Leandro Aparecido na delação.

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    O dinheiro da JBS, que havia sido repassado ao empresário de transportes a partir de um contrato forjado, seria agora transferido à filha do deputado por meio de outro contrato fajuto.

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    Em 6 de setembro de 2014, dias depois da reunião que marcou a negociação da propina em Barretos, o genro de Paulinho encontrou Leandro Aparecido num hotel na região de Atibaia. Nessa conversa, ficou combinado que o contrato, assinado pela filha do deputado no valor de 500.000 reais, seria feito a partir do pagamento de cinco parcelas de 100.000 reais, sempre no dia 15 de cada mês.

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    Toda a negociação entre o genro de Paulinho e o empresário, para formalizar a contratação de fachada, foi feita por mensagens de e-mail. Cada pagamento de 100.000 reais, feito via transferência bancária, era acompanhado de um e-mail do empresário com o recibo e a resposta da empresa da filha do deputado com a devida nota fiscal.

    No último pagamento de 100.000 reais, porém, com a justificativa de sonegar o imposto, o genro de Paulinho da Força pediu que o empresário levasse a bolada em dinheiro vivo até o escritório de advocacia onde ele trabalhava.

    “Entreguei no escritório dele, que fica na Alameda Campinas, no Jardim Paulista”, disse o empresário na delação. “O senhor levou esse dinheiro como, numa mochila?”, quis saber um dos investigadores. “Num envelope”, disse Leandro Aparecido.

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    Além dos e-mails trocados com o genro de Paulinho, dos extratos bancários, das notas fiscais e dos recibos de depósito, o empresário entregou aos investigadores a relação de datas de cada pagamento.

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