Quem conversa com integrantes da cúpula de campanha de João Doria nestas prévias, ouve logo uma série de cálculos de apoios entre diferentes instâncias partidárias — que, na visão dos tucanos, darão a vitória ao governador paulista na briga contra Eduardo Leite e Arthur Virgílio.
Segundo aliados de Doria, as porções que correspondem aos filiados e prefeitos — com peso de 25% dos votos cada — já estão garantidas. A vantagem na largada, inclusive, é considerada o motivo que levou à contestação, por apoiadores de Leite, das filiações de 65 prefeitos no estado de São Paulo: “judicializar e atrapalhar, porque sabem que vão perder”, diz um tucano.
Mesmo otimistas — a previsão é que Doria ganhe a disputa logo no primeiro turno, em 21 de novembro — é sabido que a briga “de verdade” será na disputa pelos votos de deputados, senadores e ex-mandatários do partido. Quem articula — fortemente — contra é o deputado Aécio Neves e o senador Tasso Jereissati, que se aliaram a Eduardo Leite e vão fazer de tudo para aumentar o quadro de apoio ao governador do Rio Grande do Sul.