VEJA Mercado | 07 de novembro de 2024.
O dólar comercial registrou uma virada e queda inesperada em relação ao real depois de Donald Trump vencer as eleições presidenciais nos Estados Unidos. A moeda americana abriu o dia em alta, chegou a bater os 5,86 reais, mas caiu e fechou o dia a 5,67 reais — um dos poucos reveses do dólar frente a outras moedas. O dia foi de alta das bolsas de valores americanas, das criptomoedas, do dólar mundo afora e da desvalorização das bolsas de países emergentes. A aposta é num governo mais protecionista e avesso ao comércio com outros países. No Brasil, a expectativa é grande pela publicação das propostas de cortes de gastos do governo federal.
O ministro Fernando Haddad afirmou que as discussões foram finalizadas dentro do governo e que agora passam por líderes do Congresso Nacional. O presidente Lula voltou a dizer que não deve cortar despesas “sobre as pessoas mais necessitadas” e que conhece a “gana especulativa” do mercado que age “com certa hipocrisia”. As falas foram dadas em uma entrevista à RedeTv. Lula questionou ainda se o Congresso vai aceitar reduzir as emendas parlamentares para contribuir com o ajuste fiscal.
O Banco Central elevou a taxa Selic para 11,25% ao ano, uma alta já esperada de 0,5 ponto percentual. O Copom citou uma desancoragem das expectativas de inflação e incertezas no cenário externo que refletiram numa alta do dólar como os principais fatores da decisão. O comitê afirmou ainda no comunicado que as próximas decisões dependerão da evolução do cenário de inflação. O VEJA Mercado é transmitido de segunda a sexta, ao vivo no YouTube, Facebook, Twitter, LinkedIn e VEJA+, a partir das 10h.
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