Remédios e oxigênio que eram suficientes para um mês, agora estão sendo consumidos em dois ou três dias na rede de hospitais da Unimed por conta do agravamento da pandemia da Covid-19. O presidente da federação paulista da cooperativa, doutor Omar Abujamra, disse que o consumo elevado tem levado a gargalos na fabricação e logística de entrega. No caso dos medicamentos, a situação dos hospitais privados foi agravada com a determinação do Ministério da Saúde de que os fabricantes redirecionem os insumos para o setor público. Ele esteve, nesta tarde, com representantes do Ministério Público para pedir ajuda na agilização de importação de medicamentos.
A rede Unimed tem 135 hospitais próprios por todo o país, mais de 3 mil hospitais conveniados, 120 mil médicos cooperados e cerca de 18 milhões de segurados. Abujamra diz que todos os hospitais estão lotados e que só não haverá um colapso completo do sistema hospitalar no país se a população se conscientizar que precisa ficar em casa no curto prazo, usar máscara e manter distanciamento. “Dinheiro não resolve mais. Não adianta ter mais leitos se não tem médicos e medicamentos. E nós não temos mais médicos e nem medicamentos. A única solução é acelerar a vacinação”.