Diante dos entraves em busca de uma solução para a aprovação da chamada PEC da Transição junto aos congressistas, o governo eleito já começa a discutir novas alternativas. A deputada federal Gleisi Hoffmann, presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), já admite publicamente que se a PEC não for possível, “vamos ter de buscar novas saídas”. O motivo do entrave se dá por dois fatores: o tempo de carência e o valor a ser pago fora do teto de gastos. Enquanto os congressistas defendem que o estouro das contas públicas não passe de 80 bilhões de reais, o partido insiste em elevar esse montante para próximo a 200 bilhões de reais pelos quatro anos de governo Lula. Com o impasse, a alternativa mais provável é que o partido edite uma Medida Provisória (MP) para garantir, ao menos, o pagamento dos 600 reais para o Bolsa Família, principal compromisso da campanha do presidente eleito.