As incertezas no cenário macroeconômico brasileiro somadas à cautela com a variante ômicron do coronavírus deixam, naturalmente, o mercado de renda variável mais volátil, mas quem acompanha o mercado financeiro de perto tem observado que as oscilações do Banco Inter nos pregões têm sido muito grandes. Quando sobe, costuma subir muito, como os 19,1% de 1° de novembro, e quando desce, desce muito também, como a queda de 14,1% em 22 de novembro. Os analistas acreditam que as oscilações acontecem por um movimento especulativo do mercado em cima do processo de reorganização societária que o banco enfrenta, uma vez que deve deixar a B3 para se listar no Nasdaq, nos EUA. Um dos pontos que mais tem preocupado o mercado é o destino das ações que estão listadas no Brasil.
Entre os dias 26 de novembro e 2 de dezembro, quem tem posição no Banco Inter pode optar por receber BDRs da companhia quando ela for listada nos EUA, ou um valor em dinheiro (45,84 reais) por cada unit ou conjunto de três ações. O ponto central é que, hoje, cada unit é negociado na bolsa por um valor abaixo dessa faixa, a 37,84 reais, e, caso os saques ultrapassem a casa dos 2 bilhões de reais, o banco pode cancelar a operação e convocar uma outra sob novas condições. “Existe a preocupação de se essa operação será, ou não, bem sucedida. A especulação em cima disso ajuda a explicar a volatilidade do papel nos últimos meses”, avalia Naio Ino, responsável pela mesa de trading da Western Asset. “A chance de superar os 2 bilhões é alta”, conclui. Às 16h41, as ações do Banco Inter subiam 7,8% na bolsa