Apostando no desgaste do Centrão depois que os indicados a Petrobras pularam fora do barco, Caio Paes de Andrade voltou a carga para tentar ser o novo presidente da empresa. Ele está desde cedo tentando arrumar apoio no Senado para ser o indicado da vez. Segundo fontes a par do movimento, ele colou especialmente no senador Flavio Bolsonaro, que tem simpatia por sua indicação. Paes de Andrade é secretário de desburocratização do ministério de Paulo Guedes, que inclusive fez campanha pelo seu nome há duas semanas. Mas Guedes foi tratorado pela indicação de Rodolfo Landim e Adriano Pires. No fim das contas, os dois desistiram porque seriam barrados pelo compliance da Petrobras que viu conflitos de interesse nas duas indicações.
Mas a indicação de Paes de Andrade não é tão segura porque ele não tem o requisito básico exigido pelo estatuto da companhia de notório conhecimento do setor de óleo e gás. Nem no setor de energia. Quando o general Joaquim Silva e Luna foi escolhido para o cargo, também ele não tinha experiência na área da Petrobras, apenas em energia elétrica, pois foi presidente de Itaipu.
De qualquer forma, vale ressaltar que o governo diz que Adriano Pires ainda não comunicou oficialmente sobre sua desistência à indicação. Quem acompanha política sabe que virou moda desistir de desistir.
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