VEJA MERCADO Fechamento, 30 de julho
O dia foi de aversão ao risco global devido à continuidade das sanções chinesas às empresas de tecnologia e educação e as principais bolsas internacionais encerraram em queda, com o índice Dow Jones em baixa de 0,42% e o SP500 de 0,54%. Por aqui, os temores sobre o furo do teto de gastos pressionaram o Ibovespa, que fechou o pregão em queda de 3,08%, a 121.800,79 pontos.
O risco fiscal é um dos fatores que mais pesa na decisão dos investidores sobre compra de papeis brasileiros e, na tarde desta sexta-feira ,o próprio presidente Jair Bolsonaro confirmou os rumores sobre novos comprometimentos das contas públicas, às vésperas da corrida eleitoral de 2022. “Essa questão do auxílio emergencial, do Bolsa Família, temos que pensar nisso e gastar dinheiro nisso ou se endividar, que é a palavra mais correta, para atender aos mais necessitados até que a economia volte à sua normalidade”, disse.
Nesta semana, a recriação de ministérios, como do Trabalho e da Previdência, para agradar partidos aliados do presidente já vinham preocupando o mercado financeiro. Além disso, a divulgação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua divulgada nesta sexta-feira mostrou que, no trimestre móvel entre março e maio, a taxa de desemprego ficou estável em 14,6%, levemente acima da expectativa dos analistas.
Dólar comercial
A aversão ao risco pesou sobre o real e o dólar comercial encerrou em alta de 2,47%, a 5,2097 reais, zerando as baixas da semana. Já o índice DXY, que mede a força do dólar em relação a uma cesta de moedas, principalmente o euro, fechou em alta de 0,25%.