Elogioso do trabalho de Roberto Campos Neto, atual presidente do Banco Central, o ex-presidente da autarquia entre 2003 e 2011 Henrique Meirelles considera que a perspectiva para a continuidade do bom trabalho da instituição é positiva, mas lembra a relevância da iminente troca de comando. “Vai depender um pouco das próximas nomeações, especialmente do próximo presidente”, diz ao Radar Econômico.
Ao comentar sobre Gabriel Galípolo, hoje diretor de política monetária e aventado como o sucessor mais provável de Campos Neto, o ex-presidente do BC é cauteloso. “Espero que sim (Galípolo possa fazer um bom trabalho se for presidente), vamos aguardar. Ele está na diretoria, conhecendo cada vez mais toda a metodologia e o aspecto técnico do BC. O fato de ele estar no BC é útil e muito importante”, diz.
Nova meta de inflação
O ano de 2025 não apenas será marcado por uma nova presidência do Banco Central, mas também por uma nova modalidade de meta de inflação, que será contínua, não mais anual. “Vamos aguardar para ver como (a meta contínua) vai funcionar no Brasil. A meta do sistema atual (de ano-calendário) tem a vantagem de ser clara. É a meta do ano e ponto-final. A meta contínua abre mais margem para discussões, mas alguns países utilizam isso com sucesso”, diz Meirelles.
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