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Artistas brasileiros estão em alta, diz galerista; busca por diversidade e real barato têm viabilizado vendas por valores maiores

Por Machado da Costa SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 30 nov 2020, 15h42 - Publicado em 30 nov 2020, 11h49

Uma obra de Lygia Clark foi vendida ao museu Guggenheim de Abu Dhabi por 2 milhões de dólares, em novembro deste ano. Pela cotação atual, são 10,6 milhões de reais. O negócio foi fechado pela galeria Bergamin & Gomide, de São Paulo. Em reais, a peça da série Bichos, criada nos anos 1960, é o mais alto valor já pago por uma obra de Lygia Clark. O recorde, contudo, ainda pertence à tela Superfície Modulada nº 4, vendida em 2013 por 5,3 milhões de reais (2,5 milhões de dólares à época), em um leilão que ocorreu na Bolsa de Arte de São Paulo.

Segundo Thiago Gomide, responsável pela venda, museus internacionais estão buscando dar mais diversidade a seus acervos e, para isso, procuram mais obras de artistas latino-americanos, principalmente de mulheres. O real, mais barato do que em outros momentos, acaba ajudando também nos negócios. “Outros nomes que não saem da boca desses compradores são Tarsila do Amaral e Lygia Pape”, afirma.

Neste contexto, outra venda feita por ele chama a atenção. Uma obra de Mira Schendel, a qual ele preferiu não dar mais detalhes, foi vendida por 1,2 milhão de dólares (6,4 milhões de reais) ao Art Institute of Chicago.

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