Flavia Carneiro, então responsável pela Controladoria da Lojas Americanas, e Fabien Picavet, diretor-executivo de relações com os investidores, comentaram ter dificuldade de explicar alguns resultados ao mercado. ‘Tô tentando aqui aumentar o LL (lucro líquido) mas tá F”, escreveu Carneiro. “Tá feio mesmo…”, respondeu Picavet. “Qual o mínimo que você acha que deveria ser?”, perguntou a diretora. “Mercado está por volta de 60. Vai ficar feio de qualquer maneira”, disse Picavet. “Como explico a depreciação? +45%”, prosseguiu. “É bizarro Flávia… 45%. É muito…”.
Dias depois, Picavet compartilhou a insegurança com Carlos Padilha, então diretor-financeiro. “Padilha, recebi a nova versão do Leonardo. Estamos exagerando… não precisa de tanto EBITDA”, escreveu. “Pedido do MG (Miguel Gutierrez)”, respondeu Padilha. “Tem que explicar para ele… Vamos virar piada. Mais uma vez”, reclamou Picavet.
A revelação consta no relatório do Comitê Independente contratado pela Lojas Americanas para esclarecer as fraudes.