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Advogado réu na Lava Jato envolveu-se no caso Boi Gordo

Antonio Augusto Coelho agora é investigado pela Lava Jato por ter recebido dinheiro da Fecomércio do Rio de Janeiro

Por Machado da Costa Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 fev 2022, 16h38 - Publicado em 9 set 2020, 18h34
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  • Um dos advogados que se tornaram réu na Lava Jato já foi investigado em um outro escândalo, o das Fazendas Reunidas Boi Gordo (FRBG). Antônio Augusto de Souza Coelho foi acusado de desviar recursos de credores da FRBG por meio da Associação de Parceiros e Credores da Boi Gordo (APCBG). Depois, segundo consta nos autos recebidos nesta quinta-feira, 10, por VEJA, ele foi inocentado das acusações. Ele continua advogado da APCBG. 

    Além de na operação E$quema $, deflagrada na manhã desta quarta-feira, 9, ele se viu enrolado num crime cometido no fim do ano passado. A relação dele com um ex-policial militar do Mato Grosso do Sul culminou na morte do filho do militar. Coelho é desafeto da família Name, que o acusa de ter vendido fazendas em seu benefício enquanto era advogado e procurador da família. Segundo denúncia do Ministério Público do MS, os Name tentaram matar o policial, Paulo Xavier, mas se enganaram e assassinaram o filho do militar. De acordo com o MP, era uma tentativa de retaliação pelas práticas de Coelho e a aproximação com Xavier. O caso está sendo investigado na Operação Omertà, devido à relação das fazendas negociadas com a igreja criada pelo coreano Sun Myung Moon (Reverendo Moon), a Associação das Famílias para Unificação e Paz Mundial (AFUPM), e Coelho é testemunha de acusação.

    Agora, ele aparece novamente no centro de uma nova operação. Segundo o Ministério Público Federal, o escritório de Coelho recebeu o soma milionária da Fecomercio do Rio de Janeiro. Pesam contra ele as acusações de lavagem de dinheiro e peculato.

    Este texto foi atualizado após envio de uma nota do advogado à coluna.

    A Advocacia Gonçalves Coelho e Antonio Augusto de Souza Coelho esclarecem que no caso citado pela coluna sobre a Associação de Credores das Fazendas Reunidas Boi Gordo, ocorrido há quase 20 anos, a pessoa responsável pela acusação de apropriação de 12 mil — e não de 80 milhões — se retratou publicamente, confessando ter recebido suborno para proferir tais acusações, conforme documentos apresentados nos autos. O escritório foi desagravado pela acusadora no processo e também pela assembleia dos membros da Associação, para a qual continua advogando até hoje (prova maior de sua correção no processo), buscando as devidas indenizações a seus membros, prejudicados pela ação da empresa. Em relação a Operação Omertà, de setembro de 2016, e que investiga o empresário Jamil Name, é importante frisar que o advogado Antonio Augusto de Souza Coelho é testemunha de acusação arrolada pelo Ministério Público e não investigado no processo. Com relação as ações conduzidas nesta quarta-feira, 9, a Advocacia Gonçalves Coelho e Antonio Augusto de Souza Coelho comprovarão a improcedência das acusações quando lhes for dada oportunidade de defesa. O escritório colabora com as autoridades para o esclarecimento dos fatos e reforça sua confiança na Justiça brasileira.

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